João Gabriel, um artista plástico da atual safra de criativos faz uma exposição de lançamento de suas obras e lança um livro autobiográfico. Avesso ao contato social, vive recluso em um casarão na Cracolândia. Sua marca registrada são as cores que trafegam entre o vermelho, laranja, marrom e roxo, além de uma estranha textura presente em suas telas. Suas obras são fortes e primitivistas, que retratam normalmente rostos e pedaços de corpos humanos, suas vísceras, associados ao ambiente urbano, sempre com um grau de realismo. O renomado Jordão, crítico de arte, de difícil trato busca uma entrevista com o tal artista do momento. João Gabriel acaba por apresentar seu processo criativo ao crítico de forma visceral e induz o famoso jornalista a vivenciar seu processo criativo. Seu lado psicológico conturbado é controlado pela solícita e segunda mãe, Alice que o mantém em constante estado de vigília. Entre seu processo criativo, João titubeia ao conhecer Angélica uma usuária de crack que move os instintos mais profundos do artista, e que luta contra sua fúria para poupar a jovem do seu lado mais desumano e cruel. Tudo isso se entrelaça numa obra teatral, intermídia, entre o que é real e o que é ficção. E para ampliar esse efeito a obra teatral é realizada dentro de uma instalação itinerante, que mescla vertentes artísticas para potencializar o impacto no público.
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